Retornando pra casa…

Foram muitas Toyotas transformadas em jardineiras, muitos e muitos pés retorcidos de cajueiro, sombras frescas das grandes mangueiras, a cor branca das dunas contrastando com o azul do céu, o verde da vegetação e os diferentes tons das lagoas. Sucos de frutas sem fim, cujos nomes ainda me lembro e que sentirei saudades, muitas e muitas tapiocas. E também muito camarão. Foi buggy, Hilux, avião, táxi e até ônibus. Horas e horas de estrada, convencional ou nem tanto convencional. Às vezes com a sensação de que estávamos perdidas no meio do nada, e em seguida a sensação de pertencer àquele nada.

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Camaleões, martinhos percadores, galinhas, porcos, cabritos, jegues e bodes, muitos bodes, vivendo livremente pelos Lençóis Maranhenses. Que simbiose da natureza, que simplicidade do lugar, que simpatia do povo.

Dias de calor, muuuuito calor, quase que insuportável…pelo menos até a chegada à nova lagoa, que refrescava corpo, mente e alma, e que de lambuja alimentava o espírito.

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Uma viagem para se desconectar do mundo louco, do dia a dia alucinado, para refletir, para provar, para degustar. Para repensar. Para sentar sob um teto de palha, comer uma boa galinhada, deitar na rede e ouvir seu Raimundo contar sua história, como criou seus 16 filhos lá na Queimada dos Britos, e como caminha por 8 horas sobre as dunas dos Lençóis Maranhenses desde a sua casa até Santo Amaro sempre que precisa ir a cidade, nos seus 65 anos de idade.

Na mala muitas recordações, mais de 1000 fotos, vídeos, anotações, imãs de geladeira, palha de buriti, cocadinhas deliciosas, doces de espécie, castanhas de cajú e até Tiquira, a cachaça feita de mandioca. Na mente, milhares de recordações… cada amigo que fizemos ao longo do caminho, cada por do sol, cada comida típica com muita farofa, cada ideia que trocamos com alguém. Desabafos, reclamações, mas muita, muita esperança neste povo aqui de cima.

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Aqui, no aeroporto de São Luís/MA, termino uma das viagens mais lindas da minha vida. Pelo menos até agora, como me disse Henri, um senhor francês que conheci nesta viagem, pois muitas viagens ainda virão…

Foi um prazer, enorme!

A caminho do Maranhão!

Terminada a temporada em Jeri, voltamos para Fortaleza… hora de embarcar para São Luís no Maranhão para continuar a viagem! A viagem de 1 hora de avião entre as duas viagens foi tranquila, e MARAVILHOSA, assim que o piloto resolveu fazer uma pequena alteração no plano de vôo e desceu uns diversos pés para que a gente pudesse sobrevoar e contemplar os Lençóis Maranhenses, afinal eram 15h, e o céu estava praticamente limpo, permitindo admirar todo esse parque nacional, criado em 1981, com uma área de aproximadamente 156 mil hectares.

Olha que lindo!

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A imensidão e a altura do vôo faz com que as dunas pareçam pequenas elevações, porém o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses tem o tamanho da cidade de São Paulo, repleto de lagoas, alguns rios, e diversas comunidades, que vivem dentro da sua área.

Como o tempo que tínhamos para realizar a viagem toda (Jeri, São Luís e Lençóis Maranhenses) era curto, optamos por voar entre as cidades de Fortaleza e São Luís. No entanto, o roteiro mais interessante, para aqueles que são aventureiros de verdade, curtem viajar pelas dunas e praias, e não tem pressa pra chegar, é realizar a Rota das Emoções (http://www.rotadasemocoes.com.br), percurso entre Jericoacoara aos Lençóis Maranhanses, passando pelo Delta do Parnaíba, em veículo 4X4. Nestes dias, conheci algumas pessoas que realizam tanto o acompanhamento como o transporte. Ao final dos posts de Lençóis Maranhenses, farei as indicações com nomes, emails e telefones.

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Clique na imagem para ampliar.

Logo, logo saem os posts maranhenses… ao sabor de bacuri, com as cores do bumba-meu-boi e ao som do reggae!

:)

Sobre Jeri… importante saber!

DSC03650Por ser uma vila isolada de cidades maiores, Jeri possui uma estrutura bem restrita. Além disso, o sol forte dessa região perto da linha do Equador pede atenção especial. Então seguem algumas dicas importantes:

1) Leve dinheiro, pois a maioria das pousadas, lojas e restaurantes não aceitam pagamento em cartão de crédito.

Terceiro dia em Jeri… chegamos ao Paraíso!

DSC03609Reservamos o terceiro dia em Jeri para conhecer a Rota Leste: Praia do Preá, Lagoa Azul e Lagoa Paraíso. Como havíamos saído de Buggy com o Fofão no dia anterior, combinamos com ele mais este dia. Uma observação aqui: como os buggys podem levar até 4 pessoas, e pensando “dinheiristicamente”, estávamos buscando outras duas pessoas para compartilhar as despesas (este passeio custou R$ 140,00, começou as 9h e retornamos por volta das 17h). Acabamos conhecendo, na nossa pousada mesmo, duas pessoas muito queridas, a Paula e a Vanessa, que nos acompanharam nos dois dias de buggy, e com quem rimos muitos, tiramos muitas fotos, contamos muitas histórias, bebemos muitas caipiras, e até fumamos cigarros… a mãe e a Vanessa é claro, que curtiram a companhia uma da outra nessas horas também!

Segundo dia em Jeri: hora de subir no Buggy!

DSC03530Assim como a Duna do Por do Sol, a Pedra Furadas e as ruas de areia, buggys também são marca mais do que registrada de Jeri. É o barulho deles que se escuta por toda parte na vila. Não poderia ser diferente, pois haja habilidade pra tanta areia fofa assim!

São nos buggys que os visitantes realizam os dois principais passeios do entorno de Jeri: Rota Oeste, que percorre Mangue Seco, Velha Tatajuba (cidade soterrada), Vila Nova de Tatajuba e a Lagoa da Torta; e a Rota Leste, que percorre a Praia do Preá, a Lagoa Azul e a Lagoa Paraíso. Geralmente estes passeios duram das 9h da manhã até as 16h, quando os bugueiros retornam os visitantes as suas pousadas.

Primeiro dia em Jeri: recompensa em dose dupla!

DSC03422Foram poucas as horas de sono, mas nenhuma das duas (não havia mencionado, mas a expedição a Jericoacoara conta com a participação de mammys, uma super companheira de viagem!) aguentaram muito tempo na cama, ansiosas para andar pelas ruas de areia da vila de Jeri.

Apesar de estarmos em pleno inverno da região (o inverno aqui significa época de chuvas, que começa em janeiro e vai até junho), acordamos com um dia lindo de sol, e um calor de aproximadamente 30 graus Celsius. Num ambiente bem gostoso, florido e refrescante da Pousada Ibiscus (www.pousadaibiscus.com), onde estamos hospedadas, tomamos o primeiro café da manhã, com direito as frutas super doces do nordeste, sucos naturais de todas as frutas que raramente chegam ao sul e aquela tapioca feitinha na hora! Hummmm, como isso é bom.

Jericoacoara para começar as férias (e a saga pra chegar!)

DSC03355As férias chegaram novamente (ainda bem!!), e não são necessárias muitas palavras pra defender a escolha por Jericoacoara, no Ceará, certo?

Depois de mais 6 meses de trabalho, rotina, repetições chatas, acordar cedo todos os dias, percorrer o mesmo caminho, sentar na mesma cadeira,etc, era hora de pensar em “desligar” totalmente este ritmo automático para uma nova experiência.