Postarei esta aventura na terra dos belos vinhos e da Cordilheira dos Andes em 5 posts: (1) a viagem de Córdoba a Mendoza (INCRÍVEL), (2) a cidade de Mendoza, (3) as visitas às vinícolas e a degustação de vinhos (e que bons vinhos), (4) as surpreendentes refeições Mendocinas e os serviços de primeira qualidade e por fim falarei sobre o (5) passeio a Alta Montaña, onde passamos o frio do meio da Cordilheira dos Andes, a curtíssima distância da fronteira com a República do Chile, e do imponente Monte Aconcágua, com seus 6.962 metros (QUE EMOÇÃO!!).
Apesar de resgatado nas milhas, o vôo da Gol era bem interessante para quem é do sul do país. Fomos de Floripa a Porto Alegre no final da sexta-feira, e de lá realizamos uma conexão para Córdoba. Chegamos a Córdoba às 3h da manhã, num aeroporto pequeno, mas novinho e bem moderno, e fomos de táxi diretamente para o Aldea Hostel, um dos mais bem conceituados hostels de Córdoba. Não tivemos muita sorte, pois o recepcionista da madrugada não tinha muita habilidade no sistema de reservas, nem muito bom senso! Mesmo sendo 3h30, ele não foi capaz de apressar o check-in, e ficamos quase 30 min. aguardando pela definição do quarto! O Aldea Hostel fica muito bem localizado em Córdoba, que é a 2ª maior cidade da Argentina. Ele fica na Calle Santa Rosa, paralela a movimentada Av. Collón. Os ambientes são bem descontraídos, tudo muito colorido. No entanto havia aquele ar de falta de manutenção, precisando de uma reforma... Pagamos $140,00 pesos argentinos (aprox... R$ 65,00) por um quarto duplo com banheiro, tudo muuuito simples, mas as hospedagens em Córdoba são mais caras.
Na manhã do sábado fomos até nossa locadora de carros, a Driver’s Rent a Car para retirar nosso Corsa Sedan para encararmos a estrada de aprox... 600 km até Mendoza. Serviço muito bom, preço excelente, tudo reservado antecipadamente pela internet. Inclusive combinamos uma entrega estratégica no aeroporto para a madrugada do nosso retorno a Floripa, no final de semana seguinte, coisa que muitas locadoras não permitiriam. Sair de Córdoba foi relativamente fácil, pois a cada viagem que passa, nossa ‘especialização’ em mapas vai ficando cada vez mais profissional. Logo estávamos na Ruta 20. Passamos pelas cidades de Carlos Paz, e fomos em direção a Mina Clavero, e então entramos na região da Área Traslasierra. Começamos a subir, subir, e para trás ficaram diversos paradores (locais para aquela pausa da direção, cheios de opções de empanadas, com belas vistas para as montanhas). Depois de uma longa subida, descemos uma serra, e chegamos a um movimentado balneário (de rio), repleto de opções de hospedagem em cabanas, restaurantes com trutas e muitas fábricas artesanais de alfajores! Passamos pelas pequenas vilas de Las Rabonas, Los Hornillos, Los Pozos, Villa de Las Rosas (onde desfrutamos uma truta maravilhosa), Las Tapias e Villa Dolores.
Bom, depois desse lugar lindo e delicioso, caímos num deserto. Isso mesmo, deserto. Foram quase 400 km de retas intermináveis até avistarmos algo que parecia a Cordilheira dos Andes, um silêncio impressionante, e pouquíssimos encontros com outros carros ou caminhões. Pessoas? Nenhuma. Cidades? Eu não enxerguei. Adivinhem o que aconteceu? Claro, chegamos à reserva do tanque de combustível, e nada de um posto. Aliás, não havia posto, não havia banheiro, não havia sequer um ‘kiosko’, como dizem os argentinos, para comprar uma água. Passamos por uma placa onde indicava a cidade de La Chañarienta em 40 km. Conseguiríamos chegar, o problema foi ao chegar ao trevo da cidade, que na verdade não era cidade. Não havia nada! :(
Até lá!
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