Vinho chileno e Cordilheira dos Andes: boa combinação!

P1100553Não há nada como beber um bom vinho a um preço bem justo! Pois é, o Chile, assim como a Argentina, acabou me proporcionando isso: beber o ‘vinho nacional’, de muita qualidade, a um preço muito amigável! Ao chegar no Brasil sei a saudade que estas garrafas me darão! :)

Mas não fizemos nenhuma viagem especial para degustar vinhos chilenos não. Infelizmente não tínhamos tanto tempo assim, e por isso resolvemos fazer aquilo que quase 100% dos turistas de Santiago fazem: fomos visitar a famosa vinícola Concha y Toro. A Michelle nunca havia estado numa vinícola, não conhecia muito bem o processo produtivo do vinho, e estava muito interessada em ver como a fruta se transforma nesse líquido precioso, como diz meu pai!

Acabamos fazendo o passeio a Concha y Toro na companhia das meninas que conhecemos no Andes Hostel. Não tínhamos visita marcada, mas sabíamos que haviam diversas visitas ao longo do dia, pois a Concha y Toro recebe um número grande de turistas, já que está praticamente na área urbana de Santiago, basta pegar o metro para chegar lá!

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Saímos do hostel por volta das 9h30, e fomos diretamente para o metro Belas Artes. Pegamos a linha verde (L5) até sua estação final, Vicente Valdes. De lá, pegamos a linha roxa (L4) até sua estação final, Plaza de Puente Alto. Ao sair da estação do metro já nos deparávamos com a grande Avenida Concha y Toro, e logo ao lado um ponto de táxi. Da estação de metro até a vinícola foram aproximadamente 5 minutos, e um custo de 10.000 pesos.

A vinícola oferece dois tipos de degustações: por $7.000,00 pesos chilenos você degusta dois vinhos, um branco jovem e um tinto mais encorpado, conhece parte da propriedade, e ainda as instalações onde o vinho descansa nas famosas barricas de carvalho francês e americano. Já por $ 14.000,00 pesos chilenos, acrescentam-se mais 3 vinhos, uma tábua de queijos e a presença de um sommelier para dar explicações sobre as melhores harmonizações dos vinhos Concha y Toro.

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Sempre tive muito receio em fazer essa visita, pois a Concha y Toro é uma bodega gigantesca, com uma produção de escala, e uma das maiores exportadoras de vinho da América do Sul. Imaginava uma visita sem qualquer tipo de personalização, com um discurso automático, isto é, desprovido de qualquer charme que o ambiente dos vinhos poderia propor. Mas para minha surpresa não foi bem isso que encontramos quando cheguei lá. Por sorte, nossa visita se limitou a um grupo de 9 pessoas. Conhecemos a antiga residência do fundador, uma casa maravilhosa, num estilo europeu que me causou uma inveja (das boas!). Além disso, um jardim ao estilo inglês, com plantas especiais que vieram da Europa só para compor este cenário romântico no Chile!

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Pudemos visitar parte da produção, onde vimos algumas plantas de uvas brancas, sendo cuidadas pelos empregados. Já se podia ver as folhas verdes, e as roseiras nas laterais, prontas a proteger as videiras. A partir das plantas, pegamos nossa primeira taça de Concha y Toro, um branco, e continuamos seguindo nosso guia (em espanhol, é claro), para conhecer as instalações internas da vinícola.

Chegamos então ao local onde estão as barricas dos melhores vinhos Casillero del Diablo da Concha y Toro, que existe desde os primeiros vinhos produzidos ali, num ambiente escavado no solo, onde a temperatura é regulada naturalmente, e onde o vinho pode descansar, e adquirir seus aromas e sabores para então chegar maravilhosamente as nossas mesas (poético, não? E nem estou tomando uma taça de vinho neste momento!)! Lá no subsolo fomos apresentadas a famosa história sobre o diabo que rondava as garrafas de vinho, história essa criada pelo fundador para afastar possíveis ladrões de vinhos que rondavam sua bodega. Para ilustrar o conto, a bodega criou um espaço onde mantém garrafas empoeiradas, e ao fundo é projetada uma imagem do diabo! No mínimo divertido!

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A partir dessa momento, somos servidas de vinho tinto, e seguimos para conhecer uma sala de degustação onde são mantidas peças originais de decoração do fundador. Ali o guia abre para algumas perguntas, e então nos encaminha a loja da vinícola, e ao bar, onde é possível degustar mais algumas taças, e ainda harmonizar com algumas comidas típicas chilenas! Bom, fizemos as compras, bebemos mais um pouco, e pra não deixar ninguém bêbado, pedimos algumas empanadas chilenas! Hummmmm, que delícia! Já estou com saudades!

Uma das meninas encontrou uma colega na Concha y Toro, que nos convidou para um passeio até a Cordilheira dos Andes, por uma localidade bem próxima da vinícola. Precisávamos apenas chamar mais 2 táxis para acomodar nós 7. Pagamos $ 45.000,00 por cada táxi, para um passeio de aproximadamente 3 horas subindo a pré-cordilheira, até chegarmos bem próximo dos paredões brancos de neve.

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Dirigimos pela região de São José de Maipo, subindo numa região repleta de pequenas vilas, com álamos verdes, flores fortes, contrastando com a paisagem árida das montanhas mais baixas. Aos poucos fomos chegando próximo de um dos rios que traz as águas das montanhas para a cidade, e ao lado dele acompanhando a cadeia de montanhas. Para a tristeza das meninas que não tinham visto neve ainda, infelizmente não foi possível tocar no ‘tapete branco’ de água congelada, mas com certeza todas ficaram muito emocionadas de estar ali, em plena Cordilheira dos Andes, curtindo um frio de aproximadamente 5ºC, tirando fotos como se fossem crianças!

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Aliás, naquela noite, depois que retornarmos para o hostel, fez muito frio, e tivemos uma chuvinha bem fininha na cidade. Eu não contava com a transformação que a cordilheira passaria naquela noite, pois com as temperaturas bem baixas a neve ‘fez a festa’ no topo das montanhas, e na manhã seguinte vimos uma Santiago ainda mais bela, rodeada pelas montanhas brancas andinas!

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Com esse friozinho, merecia um vinho, hein? :)

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