Nosso caminho por Santiago!

DSC02907Quando se fala sobre viagens, logo pode-se escutar dicas do tipo: “…você deve ficar no mínimo 4 dias lá”. Outro já diria: “… 4 dias? Não, essa cidade deve ser explorada em duas semanas!”! E essa é uma das primeiras decisões a se tomar quando você decide visitar um lugar. Quanto tempo ficar? Qual o período necessário para conhecer os atrativos?

Com as viagens que tenho planejado recentemente, vejo que é tão possível passar dois dias na Toscana, como 1 mês inteiro! A resposta para essa primeira decisão de uma viagem não está somente no local que você tem interesse em visitar, mas dentro de você mesmo! Por isso, talvez a primeira grande pergunta deveria ser: o que eu pretendo fazer lá? E quanto tempo vou precisar para fazer o que quero? Alain de Bottom, que escreve muito sobre viagens, viajantes e as interações decorrentes da prática de viajar, vai além, e diz que quando se pretende viajar, não é sobre o local a visitar que devemos nos perguntar, mas sim o que pretendemos mudar em nós mesmos com a próxima viagem! Interessante, não? Ultimamente tenho tentado pensar nisso, naquilo que estou procurando em cada nova viagem que realizo!

Santiago é uma dessas grandes capitais bem exploradas turisticamente, cujos atrativos estão bem destacados, e onde se pode planejar conhecer todos eles em poucos dias. Mas não se deixe enganar pelos guias turísticos impressos ou pela ânsia de alcançar o maior número de museus, monumentos e cerros num curto espaço de tempo. Tente descobrir o que a cidade tem pra ‘te oferecer’.

Michelle e eu tínhamos apenas 5 dias para curtir Santiago e arredores. Digo agora “apenas 5 dias” porque minha intenção era explorar ainda mais o Chile, mas assim como a Austrália, o país é muito comprido, e os pontos de meu interesse ficavam distantes demais para um espaço de tempo tão curto. Decidimos assim ficar em Santiago, com direito a uma rápida exploração por Valparaíso e Viña del Mar, que estarão no próximo post.

Há duas coisas que me motivaram a conhecer Santiago: a arquitetura, que assim como Buenos Aires está muito relacionada aos modelos europeus, os quais admiro muito, e a culinária (óbvio, não?), com seus mariscos e peixes do Pacífico, sem falar das empanadas e dos doces!

Como se não bastasse, a cidade é bastante charmosa. A Cordilheira dos Andes confere a Santiago uma paisagem deslumbrante, assim como a que pude curtir do outro lado das montanhas, em Mendoza. O sistema de transporte por metro é muito limpo, seguro e rápido.

Nosso passeio pela área central da cidade começou pela Plaza de las Armas, onde estão os prédios mais antigos, e partes importantes da história do povo chileno. É nesta praça onde estão a Catedral Metropolitana de Santiago, o Correo Central, a Municipalidad de Santiago e o Palacio de la Real Audiencia (museu histórico). Conhecemos o interior da catedral, belíssima, que me fez lembrar da Catedral Metropolitana da Cidade do México, ora pelo tamanho da construção, pra pelo estilo interior.

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Deste centro histórico, seguimos para o ‘centro gastronômico’ de Santiago, o famoso Mercado Central, onde se pode ver, comprar e comer todos aqueles esquisitos frutos do mar das costa chilena (esquisitos e esquisitos, se vocês podem me compreender!)!

Porém, confesso que o mercado decepciona um pouco. Não espere fazer a melhor refeição lá. É mais um daqueles lugares turísticos, que estão tão certamente na rota dos visitantes, que os restaurantes já não se esforçam mais para surpreender. Fora do mercado encontramos restaurantes maravilhosos, contemporâneos e super criativos. Mas conhecer um mercado central faz parte da cultura, então aprendemos um pouco lá!

Além dos peixes, e dos diferentes mariscos, conhecemos a famosa centolla. Um caranguejo gigante, muito famoso. Acabamos comendo a centolla, mas foi num outro momento, porque além de famosa, ela é bem cara!

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Comemos esse prato acima, Locos em salsa verde! Esse fruto do mar parece uma vieira, porém bem maior. Tradicionalmente, os chilenos comem locos servidos com uma maionese de batatas, temperada com coentro. Aliás, grande parte dos pratos com frutos do mar, incluindo aí os deliciosos ceviches, são temperados com coentro! Ah, e muito limão siciliano! Que MARAVILHA!

Depois desse lanchinho, seguimos para um dos museus de nosso interesse, porque aliás, Santiago tem museu para todos os gostos! Escolhemos o Museu de Arte Precolombino, localizado na Rua Bandera, no antigo edifício da alfândega, datado de 1807. Este museu conta com mais de 1500 peças, entre elas, múmias, cerâmicas e joias, entre outros. São 7 salas que buscam mostrar a história, tradição e costumes deste povo pré-colombiano.

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Terminamos o dia, depois de comprar algumas artesanias numa feira tipicamente indígena, visitando o Cerro Santa Lucía, bem próximo do nosso hostel. O espetáculo ficou por conta do céu azul, a parede amarela da fonte de Netuno, e a neve que recobriu a Cordilheira dos Andes, depois de uma noite de muito frio. Inesquecível!

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Essa foi um pouco da ‘nossa Santiago’! Mas ainda tem mais! Logo, logo posto aqui!

Um comentário:

  1. Gica, MEU!!!
    Esse blog tá muito caprichado. Grrrr! Mas tenho que falar que dá uma inveja! Grrr... a gente vê e quer viajar tbm.... grrrr...
    Mas tudo bem, uma hora dessas a gente decola - hehehe.
    Bjos e boas viagens!
    Desculpa a demora para deixar msg. Grrrr...
    Rangel e...

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