Receio de viajar sozinho? Fique num hostel!

P1100642Muitas pessoas comentam que tem receio em viajar sozinhas, seja pra onde for! Escuto isso com frequência, e apesar de nunca ter viajado 100% sozinha, acredito que esse não seja um obstáculo para quem deseja conhecer novos lugares.

Por ter morado um tempo no Estados Unidos com uma família de americanos que adora viajar, aprendi em 1997 o que era ficar hospedada num hostel, que no Brasil chamamos de albergue. Além de lugares muito econômicos e sem frescuras, o que mais me chamou a atenção foi a atmosfera interativa que um hostel pode provocar em seus hóspedes. Há pessoas saindo e entrando a todo momento, e tudo que se escuta são pedidos de dicas, opiniões sobre o parque X, o passeio Y, etc. O hall de um hostel pode ser muito mais atualizado do que qualquer guia turístico que conheço!
No Brasil ainda há muito preconceito com relação aos albergues. Eu também tinha, antes de conhecer melhor. Hoje, há todo o tipo de albergue. Aliás, muitas pousadas cederam suas instalações a um novo conceito de hospedagem, buscando conquistar um público que viaja cada vez mais, porém optando por quartos simples e econômicos.

Há albergues de charme, cheios de design, e com quartos duplos e banheiros privativos, justamente iguais as pousadas. Porém os serviços são mais simples, o café da manhã é mais simples, mas geralmente você terá aquele ‘guia turístico atualizado’ ao qual me referia no início do post!

Me surpreendi com os hostels pelas cidades que viajei na Europa. Praticamente em todas as cidades que visitamos, ficamos hospedados em hostels. Eles custaram em média 40 a 70 euros a diária (quarto duplo com banheiro), e sempre muito bem localizados.

Desta vez em Santiago não foi diferente. Santiago é a capital mais cara da América do Sul, e mesmo para nós brasileiros, com uma economia indo muito bem, as hospedagens são relativamente mais caras. Para a viagem de 5 dias com a minha irmã, levando em consideração que estávamos procurando curtir mais a cidade, e seus atrativos do que a hospedagem, procurei uma alternativa que não agredisse tanto o nosso bolso, por isso fui direto aos hostels. Um dos mais bem conceituados da cidade é o Andes Hostel. Muito bem localizado, em frente ao Metro Belas Artes, a algumas quadras da Catedral de Santiago, ao lado do Cerro Santa Lucía, e a algumas quadras do Cerro San Cristóbal, foi a nossa melhor opção. E para nossa alegria, o quarto duplo com banheiro custou USD 58,00 a diária com um café da manhã (tudo bem simples).


Esse abaixo era nosso quarto duplo no Andes Hostel. Até TV de tela plana! :)

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No hall do hostel haviam alguns computadores com internet para uso coletivo, o que gerava uma movimentação extra entre os diversos turistas do mundo inteiro que estavam visitando a capital chilena. Foi ali que eu e a minha irmã conhecemos um grupo de meninas brasileiras que estavam apresentando seus trabalhos num congresso numa das melhores universidades de Santiago. E a cada dia que passava conhecíamos mais e mais pessoas, e assim a cada passeio misturávamos mais culturas, mais conhecimento e mais diversão. Toda essa interação é facilitada pelo fato dessas pessoas estarem compartilhando um momento em comum, a exploração de um destino, momentos de lazer.

E não importa se você chegou sozinho, com um amigo/amiga, em casal, ou num grupo maior. Se você estiver disposto a conhecer outras pessoas, e com isso ganhar boas dicas de passeios e viagens já realizadas por elas, verá que sem muito esforço já estarão no café ou bar ao lado do hostel, bebendo um vinho chileno, e discutindo sobre os melhores atrativos turísticos do mundo. Porque num hostel, o que as pessoas geralmente mais querem é viajar!

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Bom, foi assim, bem fácil, que conhecemos a Anna, a Lívia, a Dani, a Giovana, a Aline, entre outros. E com elas tivemos momentos muito agradáveis, tanto no passeio a Concha y Toro, a Cordilheira dos Andes, o jantar no Como Água para Chocolate, o vinho nos barzinhos, o tour pela cidade de Santiago, etc.

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Por isso, se pensou em viajar, mas não conseguiu a companhia de ninguém (até porque não é fácil conseguir um amigo com férias na mesma época, que curta o mesmo destino, e esteja com grana disponível para encarar a mesma aventura), não se preocupe, não desista. A não ser que você seja uma pessoa que não gosta muito de conversar, o mundo lá fora te espera com uma porção de outros viajantes procurando conhecer novas pessoas, lugares, e ainda se divertir! Acho muito difícil que você volte com o bloquinho de contatos e emails vazio!

Então, boa viagem!

Um comentário:

  1. Giane

    Acho que o caderno de Turismo da Folha de São Paulo andou lendo o teu blog.
    A matéria principal do caderno de 09/12 é um teste em alguns albergues paulistas

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