Os prazeres gastronômicos de Mendoza!

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Ai que prazer comer bem, num restaurante agradável com um  serviço que não se encontra por aqui com muita facilidade. Junte a isso, a valorização do nosso querido “Real” frente ao Peso Argentino!! Fizemos uma super festa gastronômica, e abusamos (no melhor sentido dessa palavra) dos serviços de sommeliers. O resultado final foi delicioso!

Antes de ficar “contando dinheiro na frente de pobre” (inclusive porque estou com fome neste momento), vou esclarecer como chegamos aos nomes e lugares que indicarei aqui. Em virtude da valorização do câmbio, e da nossa possibilidade de provar o que há de bom, fizemos um rápido levantamento dos melhores restaurantes da cidade de Mendoza através do Trip Advisor. É importante esclarecer de que não se trata dos restaurantes mais caros ou mais formais, mas de estabelecimentos bem conceituados por outros viajantes que estiveram por lá. Bom, selecionamos um ‘menu’ com os 10 primeiros, e combinamos nossas idas a estes lugares de acordo com a nossa disponibilidade diária. Pois não era fácil beber o dia inteiro, e ainda encarar grandes empreitadas nas refeições!



Começamos (eu e o Carlos) nosso roteiro gastronômico antes de chegar a Mendoza, e por acaso, pois este não estava na lista dos “10+”. Ao cruzarmos metade do país de Córdoba a Mendoza, tivemos o privilégio de parar no Restaurante Villa de las Rosas, no vilarejo de mesmo nome. Que agradável o deque embaixo das árvores. O calor daquele início de tarde pedia um vinho branco gelado. Optamos por um Torrontes, e escolhemos duas trutas preparadas de forma diferente: uma a La parrilla, e outra numa crema de funghi! Deliciosas. Destaque para a salada de entrada com mozzarella de búfala, manjericão e tomate, bem refrescante, e que combinou com o momento, e também para a sobremesa refrescante do Carlos: sorvete de limão com calda de hortelã! Essa eu passei... não sou fã do hortelã!

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Em Mendoza iniciamos nosso roteiro na noite da chegada mesmo, no sábado. Fomos ao Ana Bistrô. Lugar charmoso, velas espalhadas contribuindo para um ar romântico, mas ao mesmo tempo despojado. Estava bem lotado, mas por sorte conseguimos uma mesa. O atendimento foi bom, com alguns esquecimentos (dava pra perceber que a casa estava cheia demais, ou estavam faltando alguns poucos funcionários), e todos os funcionários bem jovens. O ambiente é gostoso, e alegre, e a comida bem apresentada.

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Como estávamos nos adaptando ao clima e a altitude da cidade, fui de Salada Especial com Queijo de Cabra e frutas secas: deliciosa! O Carlos foi de Spaghetti cremoso de camarão (que provei, é claro), e estava bem saboroso. A Lu me acompanhou nas saladas, mas o Fábio aproveitou para curtir o primeiro “Ojo de bife”: um super bife, bem à moda argentina! Terminei com uma sobremesa ½ light: frutas frescas com doce de leite artesanal!! Falei que era ½ light!!

No domingo realizamos uma visita especial e tivemos o prazer de degustar o Menu de 5 passos da Bodega Ruca Malen como foi descrito em detalhes no post O momento mais esperado: os vinhos de Mendoza I, que recomendo bastante. A noite fomos curtir uma das ruas mais movimentadas da cidade, a Av Colón/Aristides Villanueva. Todos os barzinhos descolados, os restaurantes bistrô, e as modernas casas de comida japonesa ficam lá. Além disso, passamos por alguns hostels, com bares bem animados nas suas entradas, aguardando seus clientes!

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Lá na Av Colón visitamos o Bar El Palenque. Com um cardápio chamativo, e pratos que misturavam ingredientes de forma inusitada, o Bar El Palenque parecia repleto de locais, curtindo o final de uma segunda-feira, com direito a boa comidinha de bar. Fomos de batatas bravas, empanadas típicas, e por fim pedimos meia pizza vegetariana. Pra acompanhar, saímos um pouco dos vinhos, e fomos de drinques e cervejas!

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Na segunda, entre as visitas às bodegas não havíamos escolhido local para almoçar. Como estávamos em Luján de Cuyo acabamos pedindo indicação de um funcionário da Bodega Catena Zapata para uma refeição, e eles nos encaminhou a Chandon! E que dica hein! Chegamos na Chandon assim que um grande grupo de turistas tinha terminado de degustar seus espumantes e vinhos. Ao lado da sala de degustação (charmosíssima), havia uma pequena sala de restaurante. Tudo muito elegante.

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Fomos muito bem atendidos pelo garçom Davi e pelo chef de cozinha, que veio a mesa para nos explicar os pratos que havíamos escolhido. Como não haviam operações de pratos vegetarianos, acabamos decidindo por provar algumas entradas. Fomos num pratos de queijos e fiambres, empanadas de diversos recheios e um carpaccio de salmão com radiche roxa e alcaparras. Pra nossa surpresa, no valor destas entradas exposto no cardápio, já estavam incluídas as bebidas: água e champanhe, muito champanhe. Tomamos o Chandon Extra Brut e o Chandon Brut Nature. Ambos desceram muito bem com as opções que escolhemos.

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O prato de queijos e fiambres era especial. Além da diversidade de sabores, havia um queijo em especial, bastante curtido, praticamente impossível de se comer puro, mas ao lado dele havia uma geléia preparada a partir de cachos de uva mantidos dentro de garrafas de vinho por aproximadamente 12 meses. O açúcar desta geléia com o curado do queijo especial formavam um sabor realmente diferente. As empanadas também estavam deliciosas, apesar de que não sou muito fã das massas folhadas. Percebemos que nesta região da Argentina é assim que a maioria das empanadas é preparada.

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Neste mesmo dia, porém para o jantar, arriscamos um dos restaurantes do Trip Advisor, o Ocho Cepas. Era uma segunda-feira, e chegamos ao restaurante que estava vazio. Apesar de que estar vazio sempre pode ser um sinal de que o lugar não agrada tanto, o Ocho Cepas nos surpreendeu. A comida veio bem apresentada, e estava bem saborosa. Fui de Frango ao Curry e Mostardas, o Carlos foi de Truta com Amêndoas, a Lu escolheu uma Lasanha de Legumes, e o Fábio ‘tentou’ novamente num bife suculento argentino!

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E aí um destaque para as sobremesas… o nosso cheesecake estava mais bonito do que gostoso, mas valeu a tentativa (e a foto!). E o crepe da Lu e do Fábio, com sorvete e doce de leite parecia dos deuses!

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No dia seguinte, após a visita a Bodega Kaiken (apenas degustação), seguimos para a Casa del Visitante, um local oferecido pela Bodega da Família Zuccardi para atividades diversas com os turistas. No nosso caso, escolhemos pela internet realizar um piquenique nos jardins da bodega. Como o dia estava lindo, e a temperatura agradável, o piquenique foi uma boa pedida!

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Há 4 tipos de cestas de piquenique oferecidas pela Zuccardi, que vão desde $ 252 a $ 460 pesos argentinos para 4 pessoas. Escolhemos a cesta de piquenique 3, que vinha com as seguintes comidinhas: “Aceitunas mixtas alineadas, Berenjenas en escabeche, Morrones agridulces, Milanesas, Lengua a la vinagreta, Verduras grilladas, Ensalada de tomate cherry, mozzarella boconccini y aceite de albahaca, Vitelo tonato, Croquetas caseras de pollo y jamón, Surtido de quesos y macerados, Variedad de embutidos, Tapenade, Tomates secos con hierbas, Sándwich de atún, apio, cebolla de verdeo, nueces y mayonesa, Sándwich de carne a las brasas, Macedonia de frutas, Variedad frutas, Duraznos en almíbar con crema, Flan casero con dulce de leche, Surtido de panes caseros, Grisines, Surtido de petit fours, 1 botella de vino varietal Santa Julia, 1 botella de espumante de 187 ml Santa Julia y Agua”. UFA! Tudo isso por apenas $ 350 pesos argentinos, o equivalente a R$ 42 por pessoa.

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Todas as comidinhas estavam especiais, todas em quantidade além do que conseguíamos consumir, bem preparadas e bem apresentadas. Além disso, o serviço foi muito bom, e ficamos à vontade por mais de 3 horas à mesa, sob um sol que estava se enfraquecendo, e trazendo o friozinho do fim de tarde. Como uma garrafa de vinho sempre foi pouco para nós 4, acabamos escolhendo um vinho Q Reserva Malbec, que nos acompanhou até o momento das sobremesas, quando nos foi servido o espumante Santa Julia.

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Além dos piqueniques, a Casa del Visitante tem uma grande área de restaurante, bem protegida para aqueles dias mais frios. Possui também uma adega bem elegante, de onde saem os vinhos servidos no restaurante e nos piqueniques.

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Este é um passeio que indico. Mas é importante lembrar a necessidade de reservar antes em virtude do fluxo de turistas que a Bodega Família Zuccardi já recebe, além de que alguns pratos precisam ser elaborados com 48 horas de antecedência, como foi o caso da cesta de piquenique que escolhemos.

Na noite desta terça-feira havia combinado de me encontrar com uma amiga de Floripa que está atualmente residindo em Mendoza. Combinamos um jantar no Azafran, um restaurante que mais parece uma mercearia, decorado de um jeito bem ‘italiano’, com diversos artigos pendurados em suas paredes e no teto. Além das refeições preparadas lá, eles comercializam produtos variados, como azeites de oliva, compotas e conservas especiais. Uma das paredes que mais me chamou a atenção era onde estavam umas 4 prateleiras repletas de vidros com os mais coloridos pós e temperos culinários. Parecia até a material prima de um grande laboratório gastronômico. Uma bela decoração-utilitária!

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Como eu exagerei no piquenique, resolvi ir de saladinha! Mas a grande maioria na mesa foi pela indicação do chef para aquela noite: um Risoto de Camarão e Lula. Apesar de ter sido um dos lugares mais caros onde jantamos, no final pagamos aproximadamente R$ 50 por pessoa com as bebidas. Infelizmente o serviço não era como os demais restaurantes que tivemos o prazer de visitar. E era uma terça-feira, estava lotado!

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No dia seguinte, seguimos para o nosso Passeio da Alta Montaña, para chegarmos ainda mais perto dos picos nevados da Cordilheira dos Andes. Durante o dia não tivemos destaques gastronômicos expressivos. Apenas faria um comentário sobre um doce de leite em barra que o Fábio comprou em Uspallata. Super-hiper simples, daqueles que ficam numa caixinha em frente ao atendente do mercadinho, o doce de leite era tão gostoso, que na volta comprei um pra mim! :) Outro comentário interessante, foram as sopaipillas que comemos quando chegamos a Las Cuevas. Sopaipillas são como pastéis redondos, fritos como os nossos, mas sua massa é feita de abóbora. É conhecido também como um tipo de pão rápido servido na Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, ao norte do México, Novo México, Peru e Texas. A palavra é o diminutivo de sopaipa, uma palavra que foi incorporada ao espanhol a partir das línguas árabes dos muçulmanos da Península Ibérica. A palavra original Mozarabic Xopaipa significava o pão embebido em óleo.

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Dada a simplicidade das nossas refeições durante esta quarta-feira, e considerando que chegávamos às últimas noites em Mendoza, elegemos nosso jantar no restaurante italiano Francesco Bascarena Ristorante. Muito bem recomendado, este local tem uma decoração clássica e um atendimento de altíssima qualidade. Foi lá que tivemos o prazer de conhecer um sommelier que conseguiu captar muitíssimo bem o que queríamos beber, harmonizando com os pratos que escolhemos, e com a faixa de preço que desejávamos pagar. Infelizmente não me recordo do seu nome, mas seu jeito tímido é inconfundível. Pelo pouco que conversamos, pudemos saber que ele acabara de voltar de uma temporada na Itália, estudando os vinhos. Durante o jantar experimentamos três vinhos diferentes, mas o último indicado pelo sommelier parecia mesmo uma sobremesa: o Pinoit Noir da Bodega Las Perdizes. Quanto a comida, infelizmente o meu pedido, o ROTOLINI E PAGLIA (Pasta rellena con espinaca y ricotta, en salsa rosada y Paglia al formaggio con alcauciles al gratén) deixou a desejar. Já o prato do Carlos, o ASSAGGIO DI PAPPARDELLE CON FUNGHI (Pappardelle de yema de huevo y Pappardelle de vino malbec, con crema de hongos de pino y láminas de queso gruyère) estava delicioso, com destaque para o pappardelle de vinho malbec!

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A quinta-feira foi o dia para conhecermos a cidade propriamente dita. Visitamos o Cerro de la Glória, andamos pelas ruas arborizadas do centro comercial (em busca de malas extras para o Fábio empacotar suas preciosas garrafas!), almoçamos no Kingo (faz um estilo hot-dog fast food) bem no centro, há duas quadras do hotel.

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Em nossa última noite em Mendoza conhecemos o vento ‘zonda’, e por este motivo não pudemos sentar no jardim externo do Bar El 23, uma vineria bastante completa, com um cardápio de comida espanhola com as mais diversas tapas. Mas a garçonete se explicou dizendo que ali fora ninguém iria atender, pois o vento causa uma série de mal-estares! Coisas de Mendoza!

No longo caminho de volta para Córdoba, logo depois de deixarmos o deserto, bem perto do Villa de las Rosas Restaurantes, em Los Hornillos, passamos por uma pequena produção artesanal de “cerveza”, o Paso Ancho. Resolvemos parar para conhecer o lugar. Parecia uma casa abandona, mas achamos a porta, e entramos. Lá dentro, depois de algum tempo apareceu o proprietário, e a primeira coisa que disse, carregando um engradado: “Já volto!”. São 5 diferentes cervejas, todas elaboradas tradicionalmente de acordo com seus estilos, porém nenhuma delas filtradas. Sua clarificação é dada pela sedimentação natural, sem adição de nenhum conservante ou corante.

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Degustamos os 5 estilos, dispostos numa tábua: Kölsch, Pale Ale, Porter, Belgian Tripel e Scottish 70 /-. Na minha opinião, a mais saborosa para meu paladar foi a Belgian Tripel. Também chamada de “cerveza trapense” tem um teor alcoólico maior, e um amargor de moderado a baixo.

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Apesar de termos ficado uma semana, há duas indicações de Mendoza que recebemos e que não tivemos a oportunidade de experimentar, mas que eu gostaria de mencionar aqui: o pequeno Los Chocos, um micro restaurante para 8 pessoas que atende apenas com reservas. O menu é pré-definido, e as reservas podem ser feitas no blog do restaurante. São três amigos que, envolvidos em áreas diferentes da gastronomia e enologia, elaboraram o conceito deste restaurante de portas fechadas, e um cardápio interessante. A outra indicação é o La Barrica. Apesar de localizado dentro de uma Estação de Serviços (leia-se posto de combustível!), às margens do Acesso Sur, alguns metros antes de tomarmos a Ruta 7 Internacional para o Chile, este restaurante oferece pratos bem elaborados, e um conceito de decoração e conforto típicos de bistrôs e restós.

Bom, é isso! Assim termino os posts desta viagem a Mendoza, Argentina. Agora já posso embarcar na próxima viagem… :)

5 comentários:

  1. Giane
    As suas descripcoes sao para fazer correr agua na boca.
    Eu moro em Mendoza faz 8 anos (sou do Chile, mais fiquei namorado da Mendoza, suas ruas arvoladas, as suas pracas, sua gastronomia é a sua gente.
    O que voce perdiu, é vai ter que voltar, e, de todas maneras, Los Chocos. E uma experienca inesquecivel.
    Alem désso tambem duas muito espaciais experiencias sao as Bodegas de Escorihuela muito perto do centro, e LA Patrona,a no centro mesmo. Este ultimo, pequenho, de caracter local, excelente.

    Nos temos um pequenho predio de apartamentos mobiliados em estilo boutique, com enfase nas artes e no desenho, muito exclusivo, - as MODIGLIANI ART & DESIGN SUITES MENDOZA - e recommendamos aos nossos passageiros sempre, LOS CHOCOS, e tambem, o restaurante de Francis Malman (1884, o Bodegas de Escorihuela) Sao duas experiencias gastronomicas impredivels.

    Espero que na proxima visita de voceis, tenham a oportunidade de conhecer essos lugares e, se voceis quizer me avisar con anticipacao, gostosamente irei con voceis, ja que adoro a gastronomia.

    Saludos cordiales desde Mendoza

    Martin Mendel
    Modigliani Art & Design Suites Mendoza

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  2. Giane,

    muito legal o seu blog. Queria tirar umas dúvidas. Quanto foi o almoço na Chandon? Vou ficar pouquíssimo tempo. 1,5 dia. Estava pensando em almoçar na Chandon ou família Zuccardi. e no outro dia visitar Pulenta, Catena e Almoçar na Ruca Malen. O que você acha?

    Cristina

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  3. Ola Cristina,

    como voce ficara poucos dias, sugiro que voce almoce na Chandon, que fica bem proxima das demais que estao no teu roteiro. Se voce tivesse um pouco mais de tempo diria para ir a Zuccardi, que e espetacular!

    Um abraco!

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  4. Olá Giane, tudo bem?
    Gostaria de parabenizá-la pelo blog, em especial o post sobre a gastronomia de Mendoza. Em 10 dias estarei lá com a minha esposa e com os mesmos objetivos que te motivaram ir para aquela região: gastronomia, vinhos e paisagens!
    Ainda estou finalizando meu roteiro de passeios, restaurantes e bodegas, e depois entro em contato para ver o que acha, ok?
    Obrigado e, novamente, parabéns!
    Marcel Braga

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  5. Olá Marcel,

    obrigada!
    Se estes são os teus objetivos, então prepara-se para atingí-los com muito prazer! Mendoza é realmente um prato cheio para quem deseja comer bem, beber o que há de melhor, e ainda 'saborear' aquela paisagem maravilhosa!
    Pode mandar o roteiro para conselheira@conselheiraparaviagens.com.br, será um prazer! Aliás, quando retornares estás convidado a escrever sobre a sua dica de Mendoza, para compartilharmos aqui!

    Obrigada pela visita.
    Até logo.
    Giane Nunes

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